Universidade Estadual Paulista
"Júlio de Mesquita Filho"
Faculdade de Ciências e Letras de Assis
Minicursos
1- As Religiões romanas presentes nos discursos do séc. I a.C. ao II d.C.
Dra. Amanda Giacon Parra
Me. Isadora Buono de Oliveira ( Doutoranda Unesp/Assis )
O objetivo deste minicurso é introduzir elementos que permitem uma melhor compreensão das especificidades de Religiões presentes em Roma entre os séculos I a.C e II d.C. Dessa forma, abordar as principais discussões através do uso de fontes como Cícero, Juvenal e Valério Máximo contemplando como a Religião é exposta no discurso romano. E assim, ter contato com uma diversidade de fontes que abordam o tema.
2- O campo da História Antiga e Medieval na Pós-Modernidade: do produtivismo ao consumo hipermidiático.
Me. Rafael Virgilio de Carvalho ( Doutorando Unesp/Assis)
Me. Daniela Dias Gomide
O campo da História é muito mais amplo do que tem sido pensado. Ele se estende de sua produção acadêmica, propriamente científica, a todos os tipos de leitores que, cada qual ao seu jeito, interpretam as narrativas históricas incorporando memórias cada vez mais individualizadas por práticas chamadas, genericamente, de pós-modernas. Assim, para pensar o sujeito e a construção de sua identidade histórica é preciso refletir sobre o produtivismo que impera no âmbito científico e as práticas por meio das quais a memória é consumida e incorporada ordinariamente pelos indivíduos. Para tanto, alguns conceitos do campo da Sociologia e da Comunicação precisam ser mobilizados e trazidos para o campo da História, tornando-se iminente a percepção das consequências socioculturais advindas do uso global das novas tecnologias da comunicação. Isso deve ocorrer fundamentalmente dentro das áreas de pesquisa voltadas para a Antiguidade e Medievo, cujas contribuições científicas se mostram progressivamente menos valorizadas, de modo que os historiadores percebam não apenas a disciplina historiográfica em que estão inseridos, como também o trânsito de sujeitos e objetos socioculturais que existe por entre os polos de produção e de consumo das narrativas históricas.
3- Religião e Religiosidades na Antiguidade Tardia: uma discussão dos aspectos históricos dos conceitos.
Me. Juliana Bardella Fiorot
Thiago Fernando Dias – (Mestrando em História Medieval UNESP/Assis)
O mini-curso tem como objetivo apresentar as noções básicas do conceito de “religiosidade popular” e sua aplicação em estudos da Antiguidade Tardia. Além disso, procuraremos entender como o conceito se tornou, para a historiografia atual, um elemento basilar e norteador das análises dos escritos de bispos que condenavam práticas divergentes ao cristianismo niceano. Para alcançar tal pressuposto, procuraremos analisar, por meio de alguns exemplos, como a historiografia tratou o tema nos últimos decênios e notar que o conceito esteve historicamente ligado a realidade do momento de sua aplicação. Desse modo, vamos expor o debate historiográfico acerca das definições pertinentes ao conceito que norteiam o curso e complementar com questões pontuais sobre alguns sermões escritos ao longo da Antiguidade Tardia, tais como os de Cesário de Arles, Máximo de Torino e Martinho de Braga. Acreditamos que estas obras são de fundamental importância para os historiadores que se dedicam a esta temática, pois configuram-se como fontes que visavam a evangelização das populações do período através da propagação de uma mensagem que apresentava o cristianismo como verdadeira e única religião, em contraposição às demais formas de religiosidade que afastariam o homem da salvação eterna. Isso posto, analisaremos a postura da Igreja em relação a antiga religiosidade, bem como o espaço de atuação desta última que possuía diversas procedências, estando presente entre as populações do período desde tempos pré-históricos.
4- Linguagem e história: a Análise de Discurso e a Hermenêutica na pesquisa histórica.
Me. Ligia Cristina Carvalho (Doutoranda em História – UNESP/Assis)
Dr. Rodrigo Bianchini Cracco (UEMS)
A Análise de Discurso e a Hermenêutica compartilham alguns elementos: ambas estão ligadas ao giro linguístico que convulsionou as ciências humanas no último século. Além disso, é comum uma rejeição de certos elementos do objetivismo científico. Todavia, as concordâncias entre a Análise de Discurso e a Hermenêutica terminam por aí. A Análise de Discurso tem sua origem no estruturalismo, mesclando ainda princípios marxistas e da psicanálise para constituir seu método. A origem da Hermenêutica, por outro lado, remete ao romantismo e à exegese, além de toda a tradição da filosofia reflexiva. Enquanto a Análise de Discurso se ocupa dos mecanismos produtores de significados contidos no texto, a Hermenêutica busca compreender os sentidos implicados nas obras de cultura. Ainda, a Análise de Discurso tem como foco os signos e a relação que estes estabelecem com outros signos no universo da linguagem. Já a Hermenêutica busca uma abertura à experiência e ao mundo revelado pela obra ao leitor/ouvinte que dela se apropria. Ambas são formas bastante produtivas de enriquecer a pesquisa histórica, principalmente considerando os elementos linguísticos. Todavia, os caminhos para tanto são bastante diversos, por vezes excludentes. A atual proposta de minicurso visa, portanto, apresentar aos inscritos as bases do pensamento da Análise de Discurso e da Hermenêutica, além de algumas aplicações históricas de cada uma das matrizes.
5- Artes na Idade Média : um diálogo Celestial.
Cláudia Trindade
O objetivo deste minicurso é apresentar alguns movimentos artísticos que floresceram no período do Medievo tendo como base uma perspectiva mais abrangente da História da Arte. Trata-se de uma introdução ao tema, discutindo questões teóricas e analisando exemplos práticos. As aulas que compõe tal atividade irão explorar expressões artísticas medievais como as Iluminuras, a Arte Bizantina, a Arte Românica e o Gótico. Busca-se, assim, demonstrar a complexidade do pensamento figurativo medieval no qual a Igreja buscava uma maneira didática de dialogar com os leigos.
6- As origens da Universidade em Portugal.
Dra. Terezinha Oliveira (UEM)
Refletir sobre as relações de poder entre a universidade e o poder político, por meio de Cartas contidas no Chartularium Universitatis Portugalensis (1288-1377).